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domingo, outubro 17

Eros Ébrio

IAgite

A mão pouco hábil agitava ao mesmo tempo que pressionava o pequeno caminho no instrumento. Agite antes de usar, dizia ele e todos aqueles a quem perguntara. E não perguntara a ninguém. Agitar... Agitar é um saco. O braço dói. Mas é necessário quando se deseja um pouco das sementes de alegria. Fazem bem para a pele, para o humor e para deixar aquele gosto amargo de pastel cru no fundo da garganta. agita... agita... agita... e algo empurrou os dedinhos para cima... é agora... interessante isso de perceber antes de sentir... engole rápido e... alguém tem halls?

* . * . * . * . * . * . * . * . * . * . *

IICruz

Céu azul escuro sobre o recanto belorizontino do Sumo Pontífice. Pior do que jogar na cruz pedras: um namorado ali, na cruz do espaço sacrossanto do sumo sacerdote de uma religião cristã qualquer, urina. A namorada o abraça por trás, estende os braços até o falo e o segura. Um líquido de cor indinstinguível no escuro escorre da base da cruz, passando por debaixo da perna de ambos, até uma canaleta localizada pouco atrás.

O NAMORADO
Uhm...

A NAMORADA
É engraçado, não consigo sentir o líquido saindo.
(franze o cenho)

O namorado pressiona-lhe os dedos de forma que ela sinta o líquido passando pelas paredes da uretra.

A NAMORADA
Que bonitinho!

A incomensuráveis léguas abaixo, no inferno, uma festa.

SATANÁS
Cara, olha só, meu! Esta vendo só? Estão mijando na sua cruz! Estão mijando na sua cruz!

JESUS
I daí, brow... Até eu fiz isso! Também a cruz não é minha... É daquele velho trêmulo que não demora muito chega lá em casa.

SATANÁS
Porra, Zuis... A diferença, né, meu? Você estava pregado, urrando de dor. Ainda ia ficar preocupado em segurar mijo? Passa o baseado aí, porra... Quero dar umas bolas. Você ta fumando ele todo!

JESUS
Desencana que a vida engana, brow. Aperta outro para você porque esse já era.

SATANÁS
Porra, desse jeito nunca mais te convido... Vacilão... E ainda conto para o seu pai que você vem aqui.

JESUS
Porra, Nás, olha a brincadeira sem graça, mano... Você sabe, meu, que meu pai corta minha mesada se souber que venho aqui! Ô, meu, e se ele fizer isso não arrumo mais bagulho, ô porra... Fora que ele não vai mais me deixar sair... Lá em casa é uma merda, mano, uma merda...

SATANÁS
Porra, Zuis, para de chorar!

JESUS
Lá em casa é um saco, mano... Um saco!

SATANÁS
Está bom, Zuis. Para de chorar, porra. Não conto nada para seu pai não. Você sabe que não teria coragem de fazer isso com um mano. Dedo duro, meu, isso eu não sou. Só não faz isso de novo, sacou? Agora fiquei na vontade. Estou sem grana para comprar mais e você fumou todo o bagulho que a gente tinha!

JESUS
Jura? Jura que não conta para o meu pai?

Satanás enxuga as lágrimas de Jesus. Assusta-se e aponta para cima.

SATANÁS
Porra, mano... Olha só! Aquela mina está balançando o pau do cara!

JESUS
Que você espera, mano? Ele está mijando! Até a gente balança o pau! Senão meleca a cueca toda e depois para lavar é foda. Mas jura? Jura que não conta para o meu pai?

SATANÁS
Porra, já não te disse que não sou dedo duro? Juro não, porra. Jurar é coisa de bicha.

JESUS
Ahhh, porra... Pro caralho essa história. Cadê a cachaça?

SATANÁS
Aqui.

JESUS
Passa então, brow.

SATANÁS
Vem cá pegar.

Satanás senta sobre a garrafa de cachaça.

JESUS
Porra, assim você até me deixa de pau duro, olha só!

SATANÁS
Fica um tesão você de pau duro com essa tanguinha...

Uma vaca cai sobre os dois.


Cai o pano

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sexta-feira, outubro 1

Doce História de Amor

Enquanto no Espaço Celeste as duas bibas Cafetinas brigavam pela posse das putas, no barzinho da Esquina Tomé tomava pinga com limão e sal com seus amigos-de-ocasião.
Mas à essa história de nada interessam as bibas, Tomé ou as putas.

Há alguns anos viveu Juliana, uma senhora de vinte e cinco anos que nunca fez nada, exceto morrer. Nunca lavou, cozinhou, nem se banhou. Nunca dormiu ou acordou. Sequer existiu. Nunca fez, mas por ela já fizeram. E muito. Juliana foi muito amada por Lucas. Lucas era um menino de doze anos que sempre batia punheta olhando para a gostosa da revista e pensando em Juliana. E que no final do mês trocava suas "semi-usadas" por um desconto de dois reais na compra da gostosa da nova edição.

Viveu Juliana na cabeça (a de cima ou de baixo?) de Lucas até o aparecimento de Carla. Carla era uma menina de dezesseis anos, assim como Lucas. Ela existia e muito fez, como por exemplo apresentar a Lucas algo diferente de uma mão e uma revista. Ela não era lá como as moças da revista, mas era quentinha e isso bastou para que Juliana fizesse a única coisa que fez na vida.

Depois desse dia Lucas nunca mais viu Carla. Nem as moças da revista. Mudou-se para uma cidade à mil e duzentos quilômetros de distância e, alguns anos mais tarde, formou-se em Admnistração. Casou-se com uma conhecida de sala que pesava trinta quilos a mais do que ele e era estéril. Ela nunca trabalhou, nunca pensou e só fedia a cebola e repolho fermentado.E ele foi feliz para sempre ao lado da única que o faria relembrar do defunto de uma falecida a tantos anos.

E Tomé foi atravessado por um projétil que provavelmente saiu do cano do revólver de um policial que tentava, sozinho, conter a revolta das prostitutas do Espaço Celeste, que a essa altura já haviam degolado, cozinhado e ingerido as duas bibas cafetinas.

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